Festival filmes de aventura e ação - Rocky Spirit 2011

Trabalhar com nicho é fundamental. Ás vezes os produtos são tão específicos que atingir um público não faz parte de uma estratégia global, mas sim é a estratégia inteira de determinado produto, filme.

Acompanhei o festival de filmes de esportes de aventura Rocky Spirit, que aconteceu este final de semana em São Paulo. Bem especial, o festival foi uma reunião de filmes de aventura que dificilmente chegam de forma oficial aqui no Brasil, por isto, foi muito importante para aqueles que praticam esportes de aventura e apreciadores dos filmes deste tipo.

O evento, organizado pela editora Rocky Mountain, mostrou que existe público para este tipo de filme apesar de ainda ser tímida a adesão aos eventos. Houve duas partes, foram duas exibições pagas em um cinema na Av. Paulista e duas exibições gratuitas no Pq. Ibirapuera. As exibições pagas não lotaram as salas do cinema e não consigo mensurar se o retorno foi bom ou ruim, já as exibições no parque considero que foram bem recebidas, com uma média de 500 pesssoas por dia. As exibições gratuitas foram também o espaço para a divulgação dos patrocinadores (Sabesp, Oakley e Governo do Estado de São Paulo) que fomentaram financeiramente o evento. Você pode ver uma entrevista sobre a organização no Blog de Escalada, clique aqui.

Sinto que faltou um trabalho mais próximo de divulgação em espaços aonde se encontram este público alvo. Por exemplo, não vi nenhuma divulgação na academia de escalada que frequento e isto talvez poderia ter ajudado em uma maior adesão ao evento. Um maior uso das redes sociais também poderia ter sido explorado. O fato é que este foi o primeiro evento, de muitos que virão, então há um aprendizado em como lidar e atrair este público alvo expressivo economicamente e apaixonado, tanto por esportes como por filmes. É lindo ver os filmes de esportes de aventura e ação tendo um espaço em São Paulo e mesmo no Brasil e eventos como este são muito importantes para este tipo de produção cinematográfica ganhar mercado e atrair novos públicos.

Aumentando o "Curtir" no Facebook

Mobilizar o público não é uma tarefa fácil. Diversas estratégias são usadas para que as pessoas assumam determinado comportamento que as façam interagir com mensagens, marcas e produtos. O Brasil ainda é "novo" no meio Facebook, as pessoas estão conhecendo e utilizando mais esta ferramenta social, sendo assim as ações de marketing também estão começando a aparecer.

Engajar o público a "curtir" uma página própria não é tarefa fácil, e ganchos como promoções são grandes atrativos.
A página no Facebook do filme Apollo 18 foi focada em 2 promoções, conseguindo assim mobilizar um considerável número de pessoas, que passaram a receber mensagens sobre o filme.
A primeira promoção foi a distribuição de ingressos para pré-estréia. Apesar de alguns inconvenientes na delimitação do funcionamento da promoção (sobre qual o limite de ganhadores por cidade não ficar tão explicito) pode-se considerar como um inovador formato no mercado brasileiro.
A segunda envolve uma maior mobilização das pessoas, para gravarem vídeos e concorrerem uma viagem a NASA.

Estas ações trazem visibilidade ao filme, aumentam a memorização do título e fazem as pessoas terem maior "intimidade" sobre a história.

Nova área PromoFilmes: Cartazes

Por ser uma peça única, com desenho por vezes elaborado e ser uma peça atrativa, os cartazes de filme ganharam um status de adoração entre os consumidores de filmes e até mesmo da indústria de cinema.

Atualmente são peças essenciais para o lançamento de filmes, mesmo que fora das mídias impressas e exposições físicas, ganham espaço e divulgação nos meios digitais, pela Internet.

Um novo espaço é inaugurado no PromoFilmes, voltando para exposição de cartazes, posters, de filmes nacionais e internacionais, atuais ou históricos, festivais, mostras e o que é relacionado a cinema. Com objetivo mais expositivo do que crítico, aproveitem o espaço para curtir e interagir enviando solicitações ou cartazes para exposição. Basta clicar no menu "Cartazes".

É só uma pitadinha, mas comentem

Recentemente surgiram dois materiais referente ao aguardado próximo filme do Batman, finalização do épico trabalho de Christopher Nolan. Estes pequenos teasers são muito efetivos, pois são um prato cheio para as mídias (mesmo as não especializadas) e também para o público.

Os viciados podem saciar um pouco a ansiedade e comentar sobre, os contidos podem saber de que uma continuação de Batman virá, e as mídias atraem audiência como nunca. É como uma "isca", aonde as pessoas são atraídas facilmente, por conta da qualidade do conteúdo (Batman, Filme, Nolan, Hathaway).

A primeira foto de Anne Hathaway como mulher-gato, gerou comentários dos mais diversos escopos, favoráveis ou não. Aliás, teve maior repercussão negativa, do que positiva, por conta de seu uniforme (vai entender...).

Já o teaser é uma prévia sombria de que o filme é uma continuação do segundo, e denota um pouco o clima de como a história se desenvolverá. Mostra o título em português Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge e um site: www.ocavaleirodastrevasressurge.com.br ainda inativo, para lembrar o filme estréia daqui aproximadamente 1 ano.

Aonde seu filme deve estar

Vá ao melhor evento para o seu público!

Não há melhor lugar para conversar com o seu público alvo, do que uma reunião fanática e ávida por novidades e atualização, bem estruturada e consolidada como referência. O sucesso dos eventos não é mistério para muitos mercados, o que é exposto pode ter uma repercussão e perenidade como em nenhuma outra ação de marketing.

Esta é a hora para interagir, escutar, agradar e se relacionar com o público alvo, por isto a importância de eventos para lançamentos, promoção, anúncios, teasers e outros momentos do produto filme, ou mesmo institucionalmente para produtoras e distribuidoras.

É muito importante escolher bem o evento no qual participar, pois tem de haver congruência entre os filmes promovidos e o público-alvo de tal reunião. Assim como a ação a ser realizada tem de ser bem planejada e constítuida para os determinados objetivos.

Um exemplo recente, foi a aparição de Francis Ford Coppola na Comic-Con deste ano, maior evento de cultura POP "nerd" do mundo. A presença de tão ilustre e respeitado diretor, despertou muito interesse da mídia e publico, chamando a atenção para a divulgação de seu novo filme, um romance gótico chamado Twixt.

Uma pessoa especial, uma aparição, entrevista e um trailer. Simples, marcante e perene:

Carlos Saldanha - a busca de um sonho

O sucesso é fruto de muita garra, busca e trabalho, junto com o amor ao que se faz. O diretor brasileiro Carlos Saldanha deve saber bem disto.

Devido ao pouco desenvolvimento brasileiro nos filmes de animação nos anos 90, Saldanha imigrou para os EUA em busca de desenvolvimento profissional e oportunidades de emprego na área. Atualmente sua situação é muito respeitável.

O diretor brasileiro participou de diversos blockbusters da indústria de filmes de animação, sendo figura importante neste mercado. Em seu filme mais recente, RIO, pode brindar a sua terra natal com um pouco da magia que só nosso país tem, e obteve bilheteria expressiva (US$ 470 milhões, sendo 70% fora dos EUA).

A qualidade dos filmes de Saldanha é indiscutível, capaz de agradar não só as crianças, mas como os adultos também. Apesar de às vezes perpetuar estereótipos (algo comum em animações e desenhos animados), os personagens e roteiros são bem construídos e são fruto de uma sagacidade e talento ímpar para a produção de filmes de animação.

RIO II deve sair, mas seu próximo projeto ainda está a definir.

Brasileiros atuando para o mundo assistir

É de dar orgulho ver atores brasileiros se destacando mundialmente e participando de grandes produções. Gostaria que os bons filmes também ganhassem destaque e força no mercado global! Nós merecemos!

Elysium é o novo filme do diretor e ator da ficção Distrito 9, e já conta no elenco com Matt Damon, Jodie Foster, Wagner Moura e Alice Braga. A produção do design dos cenários ficará a cargo de Syd Mead, autor de projetos como BladeRunner, Tron original e Aliens - O Resgate.

Ele encenará um papel de vilão, ela ainda não foi divulgado o papel.

O filme é uma ficção que se passa 100 anos futuros da época atual e se desenrolará em outro planeta. É um grande projeto, bancado pela Sony e que com certeza pode trazer maior visibilidade mundial para estes ótimos atores brasileiros e quem sabe para os projetos nacionais. Os atores brasileiros quando atuam em grandes filmes são representantes nacionais da nossa qualidade audiovisual e de encenação, podendo ser mensageiros de nossos produtos e de nosso país. 

Trailer de Aventuras de Tintin - misterioso e um teaser efetivo

Recém divulgado, o trailer do filme Tintin é bem produzido e instigante. Abusando do suspense, apresenta o personagem que não é tão conhecido fora da Europa de forma mistoriosa e lúdica, assim como o estilo do filme, que não é convencional.

Com certeza é um bom teaser para apresentar a personagem para platéias que não o conhecem, em especial, o público norte-americano.

Para não estragar a surpresa, irei parar por aqui. Assistam:

Sucesso em Cannes, primeiro filme erótico 3D

As exibições no festival de Cannes por reunir filmes e projetos do mundo inteiro, além de ser uma seleção especializada, atraem atenção dos compradores (distribuidores de filmes) que querem obter a exclusividade de exploração comercial em seus países.

Ao longo dos anos diversas apostas foram feitas, e em geral os filmes mais badalados são aqueles fruto de diretores, atores, roteiristas e sequências de filmes já produzidos.

Este ano, porém um filme de Hong Kong é quem mais chamou atenção dos compradores e do público de Cannes. "Sex and Zen 3D", rodado com câmeras 3D, orçamento de US$4 milhões e com o roteiro de uma história/novela famosa e proibida da dinastia Ming (a mais de 200 anos), foi sucesso de bilheteria em Hong Kong, batendo Avatar de James Cameron, e está sendo muito comentado durante o festival de Cannes com presença massiva de compradores em suas sessões de exibição.

O filme pastelão, retrata com humor esta história e é tratado como o 1º filme erótico 3D do mundo. O interessante é que as mulheres são público expressivo deste filme em Hong Kong, tendo inclusive como ação de marketing da produtora, sessões exclusivas para elas com o cinema fechado, aonde podem se divertir a vontade.

Além do mais as exibições tem atraído muitos turistas chineses, que estão aproveitando para assistir ao filme, ou indo exclusivamente para isto, nos cinemas de Hong Kong, pois consideram que a experiência 3D tem de ser aproveitada no cinema e sabem que dificilmente poderão assisti-lo em seu país.

Interessante estratégia de marketing e produção, entendendo o público alvo para ações específicas como com as mulheres, e fornecendo uma história em um formato inovador inserindo o gênero erótico nas produções 3D.

No Brasil, 55% das pessoas em cidades assistem filmes piratas

Com mais da metade da população urbana do Brasil assistindo a filmes piratas, segundo pesquisa da MPAA (Associação Cinematográfica dos EUA), a indústria cinematográfica no país encara um mercado difícil, mas ao mesmo tempo promissor.

Gostaria de destacar 3 matérias do Diógenes Muniz, da Folha.com, que tratam sobre o assunto.

55% da população urbana vê filmes piratas no Brasil

A MPAA representa os maiores estúdios do mundo e se interessa pelo assunto que por consenso traz resultados negativos para a indústria, diminuindo a sua rentabilidade e lucratividade. Pirataria é atualmente ruim para a indústria e no futuro pode ser ruim também para o consumidor (caso perca-se qualidade e oferta de produto, devido a falta de capital para quem trabalha regularmente com entretenimento).

A pesquisa foi feita em diversos países, e apesar de ainda não divulgados muitos dados, acredito que em proporções diferentes em todos os países percebemos uma alta participação da pirataria no consumo de entretenimento.

Como atuar neste difícil mercado, desenhado por um comportamento do consumidor que corrói a lucratividade deste negócio?

Muitos representantes da indústria e a própria MPAA, ainda persistem em focar o ataque ao negócio da pirataria e parecem se esquecer que este comportamento também vem do consumidor (afinal, sem clientes não há vendas). Quando leio a entrevista "Democratizar a cultura não é nosso interesse, diz vice-presidente da MPAA", percebo que alguns argumentos usados por estes podem ser até antagônicos. Não tive acesso a pesquisa integral para saber se há ou não questões sobre os motivos que levam  ao consumo pirata, porém vamos supor que para a maioria seja por que não possuir condições financeiras de consumir um filme na forma regular (Cinema, DVD, TV). Se estas pessoas não possuem capacidade financeira para consumir este tipo de produto, não são o público-alvo, por que então combater a pirataria já que não se objetiva democratizar a cultura ganhando maior mercado?

Isto é só uma suposição, pois percebo que o foco no combate a pirataria visa muito mais garantir uma rentabilidade curta deste dinheiro que é perdido pela indústria, visando recuperar a margem de lucro que é corroída face aos novos cenários, e não para uma solução a longo prazo que adéque as ofertas da indústria ao comportamento de seu consumidor.

Por fim, na matéria Indústria cinematográfica demora para se mexer, dizem especialistas percebo um pensamento congruente com o meu sobre esta questão.

Devemos encarar a pirataria como um problema econômico e que exige estratégias econômicas, de administração, de marketing, de compreensão do comportamento do consumidor, que vão muito além da abordagem política e social de repressão a este comércio (na rua) e comportamento (em casa), que já se mostrou a muito tempo ineficaz se encaminhada sozinha. A ideia é de inclusão e não de exclusão.

Tudo isto acontece ao mesmo tempo em que o audiovisual passa por uma revolução. A diretora Anna Muylaert resume o cenário promissor do audiovisual no mundo "Existe um paradoxo: se de um lado está caindo o número de pessoas que vão ao cinema, de outro está aumentando o número de pessoas que vêem filme. O audiovisual nunca esteve tão poderoso quanto hoje, e um exemplo disso é o YouTube". As produções cinematográficas estão mais acessíveis, a questão em relação a pirataria é em relação a como entregar estas produções de modo que todos saiam ganhando.

Para finalizar, o fato é que eu não sou contra a repressão a pirataria, porém entendo que a abordagem deste problema deve vir junto com políticas sociais por parte do governo e de estratégias diferenciadas por toda a indústria cinematográfica e stakeholders (estúdios, produtoras, distribuidoras, cinemas, locadoras, etc), que devem entender o novo consumidor de entretenimento e adaptar a sua oferta.

Cartões telefônicos - Um espaço para promover filmes

Outro dia achei alguns cartões telefônicos aqui em casa, frutos de uma mini coleção não muito desenvolvida... Tive uma surpresa ao me deparar com alguns cartões que promoviam filmes.

Com tiragens variadas, de 60 mil, 100 mil ou até 600 mil estes cartões andavam diariamente nas bolsas, carteiras e bolsos de muitos cidadãos paulistas. São cartões de 2002 a 2005, não tão antigos, mas que para a sociedade atual estão obsoletos com a revolução que o celular vem proporcionando mundialmente.

É interessante notar nas estratégias utilizadas antigamente, mesmo para aquelas que não são mais tão interessantes comercialmente (particularmente acho que não há mais promoção de filmes nos cartões telefônicos atuais, mesmo para as regiões em que o celular possui menos força) ou que são proibidas, como o caso dos outdoors aqui no estado de São Paulo.

A ideia da promoção nestes cartões é fixar a mensagem que se quer passar, afinal, você impactará o individuo a todo momento em que ele tomar a atenção para fazer uma ligação no orelhão. Porém na constituição, forma e mensagens de cada cartão que encontrei percebo diferenças. Separo em 3 linhas os formatos que foram utilizadas para a promoção de cada filme.

- Linha Cartaz: para os filmes promovidos pela PlayArte Pictures percebemos uma valorização do nome do filme, atores, acompanhado com uma imagem promocional do filme. É como uma reprodução de cartazes convencionais utilizados em cinemas ou propagandas de revista. Acompanham a data de lançamento e indicam para ir ao cinema assistir ao filme.

- Linha Colecionador: Para os filmes da Warner Bros. percebemos um formato mais lúdico na promoção do filme, com fotos das personagens e o nome do filme. São como peças para colecionadores, que disfarçam o lado promocional apresentando uma peça única e de valor para aqueles que gostam realmente de seus filmes (não por acaso, são para filmes em que as personagens já são consagradas, como Mulher Gato e Senhor dos Anéis). Interessante para o da Mulher Gato é que indicava para comprar/alugar o DVD do filme, ação visando alavancar o retorno posterior a exibição nos cinemas.

- Linha "Promoção": se assemelha a estratégias varejistas como "leve 2 pague 1" e ao meu ver foram muito mais proporcionadas pela própria companhia telefônica do que pela produtora/distribuidora do filme. Baseia-se na função ganha-ganha, em que a companhia de telefone vendia mais cartões e o filme ganhava mais espectadores. Em geral proporciona um ingresso gratuito ao se comprar o cartão que possuía maior crédito para ligações. Sem graça em termos visais nos cartões telefônicos, mas talvez efetivo para trazer mais espectadores para o filme.

Vale relembrar e analisar ações do passado. Irei buscar alguns materiais antigos na promoção de filmes para alimentar uma nova seção chamada "Nostalgia".

É só daqui a 4 meses - mas você já sabe

Faltam 4 meses para o lançamento no Brasil de "Super 8", filme de J.J. Abrams (Lost, Cloverfield, Missão Impossível III...) e produzido por Steven Spielberg, mas já começamos acompanhar algumas divulgações nacionais.

Gostei do formato de mini-trailer (tanto em duração como em tamanho da tela) que está disponível na página principal do Yahoo.br no dia de hoje. De forma simples é possível ver um trailer teaser do filme sem precisar abrir uma nova janela ou mesmo tela.

Simples divulgação para um filme que está longe de estrear no cinema, é como um aquecimento para as ações de divulgação maiores que virão ao se aproximar a data de lançamento. Conscientizar o público acerca do filme, de modo a fixar os conceitos para que o público fique mais receptivo as ações subsequentes, este é o propósito que vejo em ações tão distantes do lançamento quanto esta.

Vejo também um efeito da globalização, que talvez tenha motivado ações de divulgação prévias no Brasil. O filme será lançado nos EUA em Junho, e com certeza irá gerar comentários, conversas e trocas de conteúdos acerca de sua essência no mundo inteiro. Em especial por se tratar de um filme de J.J. Abrams, que é apreciado globalmente por seus trabalhos anteriores, assim como Steven Spielberg, esses comentários serão motivados por uma comunidade fiel e apreciadora do trabalho destes profissionais. Já "conversar" com este público nos países que devem aguardar mais tempo para apreciar o filme, é um modo de contornar o desconforto gerado por esta janela de lançamento.

A ação poderia ser perfeita se não fosse um problema gerado pelo próprio Yahoo, que bloqueou o link direto para a página oficial do filme. Para acessar a página oficial você deve "contar com o seu próprio risco, de acessar uma página que não é segura...", fico imaginando quantas pessoas deixaram de acessar a página oficial do filme, por ler esta mensagem.

A ação no Yahoo foi simples e plausível como um teaser para um filme que está longe de estrear no país, ainda que o ideal seja diminuir as janelas globais de lançamento de filmes, ações como esta visam diminuir o desconforto da espera para o lançamento do filme que possui repercussão global, conscientizando o público sobre a essência e conteúdo do filme.

Pipoca + SAL = FILMES por R$1,00 no primeiro mês

Fazer o marketing de commodities como SAL realmente deve ser desafiador. São inúmeros casos de valorização dos produtos através de sua imagem, ou então aumentando a diferenciação de seus produtos com incrementos (sabores, texturas, serviços). Fiquei sabendo do site AJI-SAL da Ajinomoto e achei bem interessante a parte de "Diversão", que possui um racional simples e coeso.

Diversão como churrasco, precisa de SAL, em especial sal grosso... Assim como diversão FILMES que combina com pipoca, certo? Pipoca combina com SAL e segundo o site da Ajinomoto, com Aji-Sal. O site deles possui uma interessante área de dicas de filmes com informações sobre lançamentos recentes.

Mas o melhor é que para incentivar o consumo de SAL, o site tem uma parceria com a BlockBuster Online que proporciona ao usuário que veio do site Aji-Sal até 30/04/2011, alugar filmes no primeiro mês por R$1,00.
Achei interessante a ação, nem tanto pela BlockBuster, mas sim pela Ajinomoto que conectou seu produto (commoditie e de dificil diferenciação) com algo a mais do que a sua forte marca, com uma experiência que é a de assistir filmes! Compreender o consumidor é essencial, e este tipo de ação de marketing é exemplo de tratamento diferenciado.

O consumo de filmes é uma experiência e não podemos esquecer os produtos correlatos que estão presentes neste ato.

Afinal,
pipoca sem SAL,
não dá certo!!!

Filme grátis por Torrent - The Tunnel dará certo?

Os novos padrões de consumo e as novas tecnologias, exigem novas soluções para que cada pessoa seja impactada visando a compra de um produto e serviço. No cinema não é diferente, por isto acompanhamos nos últimos tempos grandes revoluções como os filmes em 3D, por exemplo.

Mas essa revolução pode ser feita de diversas formas. Cada vez é mais desafiador cativar um público ocupado com trabalho ou formas de diversão (TV, vídeo-games, pc...), informação e capaz de buscar como nunca uma melhor opção para as suas necessidades.

O filme australiano The Tunnel, com muita criatividade decidiu driblar a barreira da distribuição (dominada em sua maior parte pelas grandes produtoras mundiais), anunciando que no lançamento do filme, em Maio, ele estará disponível gratuitamente para donwload por torrent.

Entrando no site oficial ainda é possível comprar um frame do filme, por um preço ínfimo ($1,0), como que patrocinando o lançamento deste thriller de terror para o mundo. A vantagem é que um dos compradores terá participação em 1% do lucro do filme.

A Internet já provou ser uma ferramenta única na disseminação de propaganda e conteúdo, e para filmes, em especial os que possuem menos recursos de promoção ela é essencial. O filme independente de terror Atividade Paranormal teve sua fama feita através da Internet, o sucesso comercial veio através de exibições em cinemas pelo mundo inteiro, viabilizado por um contrato com uma grande distribuídora, formalizado somente pelo seu sucesso na Internet.

The Tunnel aposta na mesma linha, mas de forma mais ousada. Vender cotas é comum, distribuir gratuitamente seu produto, de forma integral (não é amostra grátis), não é comum em filmes. Um dos produtores declarou que quer criar uma audiência para o filme, uma audiência global.

Acho uma válida estratégia, porém muito arriscada, pois depende do comportamento de um público que talvez não distribua ou repasse a ideia do filme, para que ele se torne vendável. Na minha visão os produtores não estão esperando recuperar dinheiro nas cotas que estão vendendo, mas sim, na exibição em cinemas necessária para aquelas pessoas que não baixam filmes pela Internet, da mesma forma que Atividade Paranormal que entrou em circuitos e países antes inimagináveis para o tamanho de sua produção.

Muitas pessoas falando sobre o filme, pode atrair investidores e parceiros que possam ser lucrativos, esta é a fórmula. Espero que dê certo, pois seria um primeiro exemplo de forma diferenciada para que pequenas produtoras possam fornecer seus filmes para um maior número de audiência!

Filmes em clubes de compra coletiva

Li no m³ que os clubes de compra coletiva dos EUA estão abrindo as portas para Hollywood. O filme "The Lincoln Lawyer" foi anunciado no clube de compras Groupon, e teve uma estimativa de vendas de 190.000 ingressos vendidos após a semana de anúncio.

Os clubes de compras online, são uma nova mania mundial. Junto com outras pessoas, os usuários ganham a barganha de descontos nos preços dos produtos e serviços. Anunciar descontos de filmes nestes grupos é uma forma inovadora de atingir um público expressivo e crescente, que pode se interessar, assistir e comentar sobre o filme, após ter a vantagem de pagar um preço menor para isto.

A margem de lucro no ingresso caí, mas os ganhos em publicidade espontânea podem posteriormente recuperar estes valores através dos ingressos cheios.

O autor do m³ comenta também que os clubes de compra podem apresentar vantagem para os filmes independentes e em especial aqueles que podem ser assistidos por demanda, pela Internet (você pode fazer o dowload do filme ou  streaming, e assistir na hora que for mais conveniente). Para os filmes independentes, que possuem orçamentos baixos de promoção, os clubes de compras podem representar uma importante ferramenta para atingir um expressivo público, que dê outra forma, talvez não fosse capaz de impactar ou mesmo de se interessar para assistir ao filme. Um maior número de expectadores compensa a perda de margem nos ingressos e principalmente eleva o patamar do filme, que de independente pode se tornar "hype".

Quando veremos isto no Brasil...? Acho que logo...

Diminui o tempo de visualização dos vídeos de propaganda online

O crescimento das campanhas online, traz também uma busca mais apurada pela mensuração de resultados, ROI (retorno sobre investimento). As mensurações porém, precisam de um Benchmark que possa guiar o que é um resultado bom ou ruim.

No caso de vídeos de propaganda online, segundo um artigo do início de março no eMarketer, as agências dos EUA cada vez mais se atentam para o índice de visualização total do tempo no vídeo, e esta é a mais importante mensuração atualmente.

Vemos em muitos portais brasileiros, campanhas de filmes em que vídeos rodam através dos banners nas páginas destes portais. Vídeos como trailers, entrevistas e que visam divulgar o filme. Sendo assim, é muito importante o profissional de marketing ficar atento a taxa de tempo que os usuários visualizam os vídeos dos banners, para que possam ter uma noção e embasamento, auxiliando sua avaliação sobre as ações feitas.

Na busca de uma base acerca do tempo de visualização de vídeos de propaganda através de banners, o artigo do eMarketer destaca uma pesquisa interessante da Internet norte-americana.

A taxa de visualização vem diminuindo entre 2008 e 2010:

Não sei se no Brasil este índice é igual. Mas, como opinião própria, acho que esta seja uma tendência mundial. Cabe aos profissionais ficarem sempre atentos, para que possam avaliar e desenhar as melhores estratégias de vídeos em banners para a promoção de filmes. Vendo que o índice esta diminuindo, isto não significa que necessariamente este tipo de ação deva ser descartada, mas sim que adaptações possam ser necessárias. Adaptações como diminuição do tempo total do vídeo ou colocar logo no início do vídeo as principais informações que se quer destacar.

Você pode acessar o artigo do eMarketer AQUI.

Além da Vida retirado de cartaz no Japão

A Warner em uma decisão acertada, retirou de cartaz o filme Além da Vida nos cinemas do Japão. Para quem não assistiu, vai um pequeno spoiler, as cenas iniciais são de um tsunami.

São inúmeros os filmes que retratam catástrofes naturais, cada vez de forma mais realista, ficamos impressionados com as cenas de destruição que aparecem na tela. Mas o fascínio vira tristeza quando falamos do mundo real, pessoas reais, perdas reais.

Filmes emocionam e são um registro de uma história, e podem sim causar desconforto em situações delicadas, como a que o Japão está passando. Com certeza a Warner, Clint Eastwood, os atores e todo mundo envolvido, não quer que Além da Vida seja marcado e lembrado com tristeza no Japão, até por que a mensagem do filme é bem positiva e confortante (pelo menos para mim, rs). Vale esperar um tempo, para que as pessoas do Japão estejam mais receptivas ao filme, as tragédias sempre são superadas com amor e compreensão e o povo japonês, bem espiritualizado, com certeza irá se reerguer e aceitar melhor o filme em uma hora mais conveniente.

Acerto em relações públicas, além de trazer uma certa publicidade positiva pela repercusão da decisão e nobriedade da causa (A Warner também anunciou faria uma doação a Cruz Vermelha para atuação no Japão).

Como curiosidade, veja como a cena inicial do tsunami foi feita (e muito bem feita):

Header - Para Os Simpsons, lojas 7-Eleven se transformam

Para promover o filme Os Simpsons, em 2007, 12 lojas de conveniência 7-Eleven nos EUA e Canadá foram integralmente transformadas em “Kwik-E-Mart”, a loja de conveniência do desenho.

A ação não impactou somente os consumidores regulares da loja de conveniência, mas também muitos fãs do desenho que foram atraídos a conhecer a loja dos Simpsons. Típica ação ganha-ganha, 7-Eleven ganha mais clientes e promoção na mídia, Os Simpsons é promovido de forma diferenciada e ganha atenção para o filme.

Esse tipo de ação proporcionou de uma forma lúdica, que as pessoas vivessem e mergulhassem no jeito “Os Simpsons”, através de uma experiência única. Como um desenho consolidado, de um certo modo, as pessoas já sabem qual será o estilo do filme, pois conhecem seus personagens, seus jeitos, suas histórias. Ao ter contato com uma loja totalmente modificada e até produtos exclusivos (que só existiam em desenho) vendidos em mais 6.000 lojas 7-Eleven pelos Estados Unidos, as pessoas vivem e se envolvem com Os Simpsons. De um certo modo o interesse pelo filme pode aumentar!

Tudo isto foi realizado próximo ao lançamento nos cinemas. Ações marcantes podem criar uma percepção positiva sobre produtos, marcas, serviços e este foi o caso desta ação, que próxima ao lançamento criou percepções positivas acerca do filme, principalmente para os fãs do desenho, mas também para consumidores da loja 7-Eleven.

A loja foi toda ambientada, os funcionários foram treinados, produtos exclusivos foram vendidos, seguindo a gestalt de Os Simpsons, de um modo divertido as pessoas puderam consumir na 7-Eleven, conhecer e viver um pouco da “realidade” e do estilo de Os Simpsons, tomando consciência sobre o lançamento do filme. Em algum lugar eu li um gestor de marketing falando que foi uma ação barata para o estúdio (Fox), pois grande parte do investimento foi da própria 7-Eleven. O filme arrecadou em seu primeiro final de semana U$71,8 milhões, praticamente empatando com o seu custo de U$75 milhões, consolidou arrecadação doméstica nos EUA de U$183 milhões, recebendo avaliações positivas de modo geral. No Brasil foram mais de 2 milhões de expectadores, faturando R$15 milhões.

Entre as diversas ações de promoção do filme que foram realizadas, a transformação das lojas 7-Eleven foram impactantes, bem repercutidas não somente no EUA mas mundialmente e relevantes. O retorno em publicidade foi imenso, não somente por um momento, mas por semanas, tornando esta ação um case do marketing experiencial.

Não fica a dúvida de que uma ação neste nível somente é possível através de muita negociação e planejamento, sendo mais apropriada para franquias já consolidadas como Os Simpsons. É um modo excelente de proporcionar uma experiência as pessoas, promovendo o filme que logo iria estrear, tendo um retorno considerável em publicidade atraindo as pessoas para o cinema.

Sucesso do cinema nacional

O cinema nacional vive uma fase de altos lançamentos. Depois de Tropa de Elite ser o filme de maior bilheteria no país, Bruna Surfistinha estreiou com a segunda maior bilheteria do ano.

A alta do cinema nacional é resultado de muito trabalho competente e de uma maior compreensão do mercado. Nossa riqueza cultural é oportunidade para nos tornarmos potência no cinema mundial e a hora é agora. Atores e Atrizes consagrados conseguem levar o público aos cinemas, e apesar de vivermos certos estigmas em relação ao que retratamos nos filmes de maior sucesso (violência/sexo/humor café com leite), filmes como "O ano em que meus pais sairam de férias" e "O Contador de Histórias" mostram que podemos sim ter sucesso falando sobre coisas diferentes do que somo estigmatizados.

Um aumento de valor dos filmes nacionais, pode e deve trazer mais investimentos para novos projetos, que tenham propostas diferenciadas e que possam saciar o público brasileiro, o mercado necessita de mais ícones (valorização de atores, atrizes, roteristas, diretores, produtoras), investimento em tecnologia, mais marketing, histórias relevantes e não somente (mas também) filmes críticos, além de filmes simplesmente para diversão.

A hora é agora e tenho certeza que o Brasil vai começar a despontar como uma grande potência de cinema e entretenimento mundial, acompanhando assim o seu crescimento como país.

Cativando o público de interesse

Entrando no Blog de Escalada, me deparei com um post falando sobre o filme 127 Horas no dia de sua estréia aqui no Brasil. Luciano, autor do blog, anunciou que em breve faria uma resenha do filme, que tem tudo a ver com o público de seu blog, afinal o personagem principal era um escalador e sua história é bem conhecida neste meio.

Mas o mais interessante para a discussão do PromoFilmes foi algo que ele com muita pertinência observou. Ele não esteve presente em uma pré-estréia aqui no país, diferentemente da pré-estréia na Espanha em que segundo ele, alguns autores de blogs de escalada e montanhismo foram chamados para assistir, criticar e DIVULGAR o filme.

Luciano acabou fazendo uma resenha positiva acerca de 127 Horas, sendo sem dúvida uma bela forma de divulgação para o público que acessa seu blog. Mas a sua colocação sobre a pré-estréia é muito pertinente em relação a cativar pessoas de interesse que possam espalhar a mensagem do filme de forma rápida, positiva e consistente.

Além de jornalistas, artistas, pessoas do meio cinematográfico, pessoas comuns (que ganharam promoções), vale reservar um espaço nas pré-estréias para aquelas pessoas que se identificam e estão relacionadas com a temática do filme e que possam ser DIVULGADORAS de sua mensagem. Para isto basta identificar as pessoas que mais influenciam as outras dentro de seus meios, e que estejam realmente interessadas na temática e mensagem do filme.
No caso de 127 Horas isto não era difícil, afinal sua temática apesar de universal é bem relacionada ao meio de aventura, natureza, escalada, sendo que muitas revistas, sites, programas de tv falaram sobre o filme. Porém não preciso falar que com a força da Internet, as pessoas "comuns" como autores de blogs, não podem ser esquecidos neste escopo, afinal, atualmente, são fortes influenciadores de pessoas.

Talvez o que se possa imaginar é que para este tipo de público, que se relaciona integralmente com a temática, o filme já esteja vendido, ou seja, estas pessoas já tem um interesse nato em assisti-lo. E eu realmente acho isto.

Porém devemos lembrar que atualmente, vivemos em uma sociedade que proporciona acesso fácil aos produtos culturais, mesmo que muitas vezes de forma ilegal, e que a lucratividade com este público que é "CERTO" pode ser corroída com os produtos piratas, downloads, reproduções caseiras, etc...

Agora vem o ponto que eu quero destacar.
Ao cativar o público de interesse, seja através das pessoas que mais influenciam este meio (autores de blogs, jornalistas, personalidades, etc) ou com atividades e ações diretas para este público, você incentiva o consumo regular do filme.
No caso, o Luciano do Blog de Escalada, incentiva integralmente para que as pessoas assistam 127 Horas no cinema!

A fórmula é simples:
As pessoas que se interessam pelo filme e que se identificam com a sua temática/história, querem que este de certo. É uma relação de carinho e que pode proporcionar novos trabalhos que os agradem, novos filmes que representem seus estilos de vida, valores e aspirações.

Fica minha visão, sobre convidar também para as pré-estréias, pessoas que estejam integralmente interessadas e relacionadas a história e temática do filme, que possam espalhar positivamente a mensagem (fortalecendo o boca a boca) incentivando o consumo regular e lucrativo, e que apesar de não serem de meios de comunicação tradicionais são fortes influenciadores do público-alvo do filme.